26 maio, 2011

Preconceito - Um outro ensaio sobre cegueira.

"Preconceito já causou muito mal e sem ele penso o que seria do poder..."  Via Negromonte

Muita gente acredita que a função primordial do professor é ensinar. Segundo o debate atual na Filosofia da Educação não é bem assim. O professor transmite conhecimento repassando o currículo escolar definido. Isto não é pouco e nem simples, mas fato é que a principal função do professor é avaliar. Avaliar não é simplesmente corrigir exercicios e não existe um método específico para a avaliação de tudo o que envolve o aprendizado.

Quando o professor avalia corretamente, consegue passar ao aluno um conteúdo ajustado a suas necessidades e contribui muito mais para sua formação. 

Uma das avaliações mais complicadas é sobre os outros. Formar um conceito correto sobre as pessoas é tão difícil que muita gente prefere não se prestar a tal exercício e aí solução fácil se apresenta na forma de pré-conceito. 

Imagine você, caro leitor, que no primeiro dia de aula um professor entre na sala, dê uma olhada rápida e já defina quais alunos serão advertidos no decorrer da aula, punidos no decorrer do bimestre e retidos ao final do ano.
Para complicar esta historia o ser humano tem o instinto competitivo e de forma até inconsciente busca por autoafirmação em boa parte do tempo. Isto desperta o desejo de buscar aproximação com pessoas que julgamos estar acima, buscar superar as pessoas que julgamos estar no mesmo patamar e buscar patentear o fracasso das que estão supostamente abaixo de nós. 

Se aproximar de quem está acima nem sempre é tão simples, superar quem está ao lado nem sempre é tão fácil, mas sempre podemos tripudiar quem julgamos estar abaixo e assim cultivamos o causador de tantos males através da história: O preconceito.

O preconceito é a intolerância ao que avaliamos ser de pouco valor, o grande nó da questão é que tratamos de um julgamento aplicável a pessoas e a grande questão é: Existem pessoas de pouco valor?
O que define uma pessoa de pouco valor?

Um cavaleiro medieval derrotado por Willian Wallace, o coração valente, usava a seguinte frase antes de golpear fatalmente seu oponente:
“ Você foi pesado, medido e julgado: Insuficiente!”
Quando menosprezamos, ridicularizamos ou ignoramos pessoas por suas características sociais, físicas ou psíquicas estamos fazendo a mesma coisa.

Aceitar as diferenças é o exercício de abster-se do julgamento superficial, conhecendo as pessoas e formando uma opinião solida baseada no que sabemos sobre elas, sem dar importância a posição que ocupam perante nós na sociedade.

Quem avalia corretamente está pronto a aprender e apto a ensinar mais que currículos,  a fazer um mundo melhor e mais justo, mais solidário, digno de ser tratado por humanidade e então poderá ser chamado também de "Coração valente".

2 comentários:

Anônimo disse...

a figura reflete bem o que é preconceito. sentam nos proprios rabos e falam da orelha alheia. O termo correto seria coração humilde. Ser humilde é mais dificil do que ser valente. Ótimo blog, parabéns a minha ex-escola. Saudades da diretora Izilda e das tias do pátio e da cozinha. Um dia apareço para dar um abraço em vocês (se é que ainda estão por aí). Roberto (Betão)

Anônimo disse...

Na iscola tem mas preconceito que nomundo.

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